Maldicao da Eternidade

Maldição da eternidade:
Tempo, passe logo,
Eu espero, ansiosamente,
Durante horas que todo esse tempo
Irreal dissipe, para que eu logo possa fazer todo
O real, dentro do irreal. Tédio. Tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic...

Use filtro solar!

Use filtro solar
Corra, brinque, seja feliz
Use filtro solar
Não queime sua pele
Não vire cinzas
Apenas use a droga do filtro solar!!
"A Claridade mata os vampiros..." Façam-me o favor!
Olha pra minha pele!
Sou negão?! Não! Sou mestiço?! Não!
Eu não tenho melanina.
Não sabe o que é melanina?!
Não irei explicar, você que vá atrás de estudar biologia!
Sem melanina, nossa pele fica desprotegida do sol...
Por isso, nós precisamos de filtro solar!
Assim saímos de dia...
O quê?!
Por que não saímos de dia?!
Já experimentou chupar o sangue de alguém nessa cidade?!
Se de noite já tá difícil...(maldita ronda do quarteirão!)
De dia se torna impossível, meu caro...

Política e Filosofismos Humanitários

Como vampiro você sabe que sou imortal. Como imortal já presenciei coisas que não eram para ter acontecido. Tudo está errado. Tudo aconteceu errado. Milhões de pessoas morreram por serem diferentes. Por terem lutado por seus ideais (apesar de inúteis). Agora, meu caro, lágrimas e desculpas não adiantam mais. O sangue já foi derramado (que desperdício!!). Os lords são sanguessugas do povo, os lords não seguem sua (pseudo)política. O mundo está perdido. Vejo uma nova rosa negra se desbrochar no céu e vejo criancinhas (ótimas de serem... a-han, deixem para lá) chorando nos braços de suas mamãezinhas, enquanto os lords jogam pôquer, apostando a vida de inocentes. Vejo um novo pequeno garoto ( Oh, Little-Boy! Little-Boy!) caindo sobre seus lindos pescocinhos. Vejo umas luzes piscando no céu azul, piscando enquanto os senhores do mundo (Esses malditos! Vampiros, uniremos nossas forças e os venceremos!) fumam seu formidável charuto cubano. O mundo está em cinzas, o novo Little-Boy caiu e chorava nuvens negras. Sufocando-se no próprio choro. Enquanto isso, os lords sugam o suor (que mal gosto!) até ficarem cansadinhos e caírem diante da própria mão que os criou. Mas a Mão que cria também destrói.... Enquanto se engolfavam (fssuuuu) no sangue do mais profundo eu dos pobres mortais (tão hipócritas). Não existem respostas para isso. Apenas uma boa taça de sangue (já que um vampiro de caninos quebrado é algo inexeqüível e profundamente angustiante). A política é o tapete que encobre as sujeiras dos humanos. Eu já sinto esse cheiro horrível há muitos anos...que podridão, hein?!

Entre Vampiros & Morcegos

Malditos morcegos! Como eu vos invejo!! Seres idiotas que não aproveitam a chance de tomar para si todo esse sangue humano... Eles não matam vocês do mesmo jeito?! Não banquem os bonzinhos...eles nunca vão enxergar criaturas horrendas feito estas, como enxergam os belos pássaros que se amarram numa florzinha. Eu, na minha bela época, não desperdiçava nenhum banquete. Hoje, sem minhas presas, não posso me dar ao luxo de sair por aí caçando menininhas, entendem? 

Acompanhem bem o meu raciocínio, bichinhos toscos do papai:

Primeeeiro... Vocês saem à noite, o povo que sai por aí no mesmo horário que vocês tem uma fama não muito boa...digamos que elas tem certos problemas quanto a "honra e dignidade".

Seeeguuundo... Céus! Vocês já se viram num espelho?! Parecem umas crias rejeitadas pelo próprio Cão!

Teeerceeeiro... Não importa pra esses humanos o fato de vocês somente beberem o sangue de animais. Eles vão caçá-los e matá-los. Sem piedade, ouviram?! Portanto, deixem de ser imbecis e aproveitem ao máximo o sangue daquela raça!! Não vale a pena ser "os bonzinhos que não sugam menininhas..."!!

Suuuguem e devorem aquele sangue sujo de orgulho, preconceito e hipocrisia!

Flor Negra

Quando a vi,
O vento soprava forte,
As nuvens corriam rápidas,
O tempo não parou, mas
A minha respiração ficou ofegante.
Eu a vi.
Minha flor, tão perto e não
Posso tocá-la com essas minhas
Mãos rudes e insensíveis,
Não posso senti-la,
Não posso, nunca mais, vê-la.
Minha flor negra.
Quando poderei encontrar-te?
Só nos meus sonhos
Impuros,
Mas de que ventre saiu tão bela flor?
Das mãos do amor?
Minha flor... não vês
Que sofro quando te vejo?
Que te vejo em cada
Flor que encontro no caminho?
Minha flor negra...
Tão solitária no campo,
Enquanto eu corro léguas e léguas,
Em busca solo que te contém.