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29 dezembro 2010

Divulgação

Amigos e/ou leitores,

Avisamos que a partir de hoje (29/12/2010) contaremos apenas com o nosso blog oficial e o twitter. Serão deletados nosso perfil no Orkut, MySpace e FormSpringMe.

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Att.,

Vampiros Anêmicos

23 dezembro 2010

Informação

Tenho andado rude com muitas pessoas. Talvez estivesse envolta de meus pensamentos inúteis e prosaicos. Andava como se apenas existisse uma pessoa no mundo: eu. E quando nada girava ao meu redor, fingia que nada acontecia. É a hipocrisia: já nascemos com ela; quando éramos crianças simulávamos o choro para chamar a atenção de nossos pais.

Era domingo e saí para minha caminhada matinal (serei mais uma velha ranzinza e metódica. Espero chegar até lá) quando um homem pediu dinheiro para voltar ao seu interior. Mentira. Vejo nos olhos quando alguém mente. Respondi rudemente o homem. Ele saiu resmungando baixo, mas eu continuei minha caminhada, como se nada houvesse acontecido.

Em casa, liguei a televisão e coloquei em um programa fútil. Ás vezes é necessário ver futilidades; Nossa vida já é seria demais. Passado meia hora, a campainha tocou. Quem será que veio perturbar-me uma hora dessa? Quando abro a porta vejo o rosto de um velhinho aparentemente simpático.

- Por favor,...
- Não tenho esmola.
- Mas eu...
- O senhor não ouviu? Não tenho esmolas!

Quando ia fechar aporta, o velhinho falou tristemente:

- Só queria saber onde era a Igreja de São Francisco.

Envergonhada, olhei nos olhos do velhinho e apontei para uma igrejinha ao lado do mercado, duas casas após a minha. Ele agradeceu. Ainda envergonhada, entrei e sentei no sofá. Só queria saber onde era a igreja... Com a face corada voltei aos meus prosaicos pensamentos inabaláveis e inúteis...

08 dezembro 2010

Não há fim

Hoje, o blog Vampiros Anêmicos completa seu terceiro ano de existência. Neste 2010 que já começou dando tchau e correndo pra longe. Em um ano em que as postagens se esconderam em ocupações seculares, e não na ponta de nossos dedos calejados. Nossos poucos leitores devem ter estranhado a quebra de nossa tão famosa assiduidade (mentira, nunca a tivemos). Sempre me perguntavam: “E aí, o blog acabou? Faz tempo que não postam”. E minha resposta, em definitivo é esta: excluir este blog seria um suicídio. Apagar todas as memórias por trás de nossa prosa e poesia, nossas angústias em palavras ensopadas.


Passamos meses (quase um semestre) sem postar, trocamos de layout, a Raíssa já mudou de nome uma, duas, x vezes, e agora é uma entidade que sobrevoa os textos que não têm meu nome (buuu...). Mas, isso e muitos outros fatores são irrelevantes. Esse blog não é a nossa profissão, não é uma vitrine para vendas, não é um exemplo para professores de literatura sentirem orgulho. É a nossa taberna, onde dedicamos um tempo para nos embriagar um pouco de nós mesmos.


Esperamos que muitos anos venham. Se, por acaso, as mensagens de aniversário sumirem e décadas passem sem postagens, esse não será o fim. O nosso vômito permanecerá manchando este pequeno espaço do mundo virtual.