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16 julho 2010

O ponto

Era pequeno e solitário. Não se ouvia sua voz, pois estava sempre calado e imóvel. Via as gotas de chuva que caíam grudadas ao vidro da janela como se fossem lágrimas que escorriam em sua face. Estava contido no tudo, mas se sentia solitário. Todos passavam entretidos e alienados com suas vidas surreais. Gritava. Escutava-se apenas o barulho da água da chuva nas telhas. A angústia, o desespero e o cansaço ganhavam. Inútil. Era tão insignificante... O melhor que tinha a fazer era calar-se. Eram seus momentos de vazios e silêncio. Voltou aos pensamentos. A que ponto chegara de pensar que ainda havia esperança? Era só um ponto. Um ponto isolado entre todos. Um ponto que delirava pela ausência de outro ponto.

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