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22 agosto 2009

Morte ao Ego ou Conto Dadaísta

Passara quase sete semanas sem se alimentar normalmente. Ele e a mulher estavam em vestes maltrapilhas, com um cheiro insuportável de ovo podre. Eles sorriam.

Semana passada tiveram uma discussão e acabaram por matar um ao outro: jamais seriam os mesmos. O dinheiro dá poderes que ludibriam a razão, diziam. Assim, separaram-se na vida de luxos (e luxúrias) para viver sob o lixo da humanidade.

- Não encosta no meu carro, otário. - Disse um jovem de paletó cinza.

O homem riu, mas a mulher enfurecida, dirigiu-lhe um gesto constrangedor. Vagavam em busca de algo perdido, algo que não existia mais ali. Vagavam em busca de algo que lhes desse prazer e alegria. Pelo menos nosso filho está bem...

Enquanto isso, dois amigos, um de paletó cinza e o outro de terno sem gravata, conversavam sobre seus carros, suas máquinas, suas mulheres e seus dólares. Saíram rindo, até se encontrarem face a face com os pobres miseráveis. Foram eles, eu juro! Após estas palavras eles foram surrados e apanharam como nunca na vida apanharam.

Com o rosto sangrento, o maltrapilho, diante do filho que lhes espancava, disse:

- Chega de teatro, querida.

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